Tagged: Bicicleta Branca Toggle Comment Threads | Atalhos de teclado
-
bicicletadactba
As bicicletas brancas voltaram á cena em Curitiba. O projeto, coodenado por Michele Micheleto/Galeria Lúdica, é derivado de uma experiência do grupo de artistas Provos, que na década de 60, na Holanda, apresentou a primeira bicicleta branca de propriedade comum.Atualmente, Curitiba tem nove bicicletas brancas circulando nos mais diversos trajetos. Todos podem participar e pedalar pela cidade durante sete dias.Participe: oplanodasbikesbrancas@gmail.comFonte: Curitiba Cycle Chic. Veja lá as fotos, as poesias do post, o editorial.Empreendimento amigo da bicicleta: Galeria Lúdica / Contatos.
gil caruso 19:09 on 18 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
É desanimador que se faça as coisas do jeito que está no blog do cicle chic / wonkazine:
1) vincular liberdade com cor: “a liberdade é branca”, pois tanto faz a cor, podia ser bicicleta amarela, rosa, verde. O que importa é o uso da cidade, a retomada do espaço público. Isso não é tocado nem de longe.
2) vincular a bicicleta e a liberdade com um jeito completamente não-livre de ser que é o padrão de beleza tradicional. Ser chic está muito longe de ser um pilar para a liberdade, pelo contrário.
Do blog: “Cycle Chic é a cultura de pedalar com roupas da moda e com estilo.” Infelizmente isso não promove liberdade. Se a coordenação do projeto pensa assim também, é uma pena.
gil caruso 20:25 on 18 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Só para completar, eu não acho que se apoiar em Kieślowski melhoraria alguma coisa.
Peters 22:23 on 19 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Oi Gil, as bicicletas brancas são referência ao movimento PROVOS, na Holanda, anos 60. Os ativistas as colocavam nas ruas para uso gratuito da população. O movimento foi reprimido porque feria o instituto da propriedade. Então é uma boa referência, com uma vinculação histórica, apesar de que qualquer cor serviria mesmo, como dizes. É a opção de quem colocou as bicicletas. Questão de gosto, com uma boa justificação. Pode-se criticar? Sim, claro, qualquer coisa é passível de crítica.
Mesmo que alguém eventualmente não goste de fotos de modelos anoréxicas fingindo que usam bicicleta, o aspecto mais importante do movimento cycle chic está na demonstração cabal de que a bicicleta é um veículo democrático e serve tanto à classe pobre quanto à classe rica, de que se pode usar a bicicleta com roupas normais, sem precisar de equipamentos especiais. Não há porque requerer o monopólio do uso da bicicleta por pessoas sem recursos. Se pessoas chiques usam, por que a classe média não usaria também? Será que não é este um dos caminhos importantes para reduzir o uso do carro?
Reduzir o uso exagerado do carro, que é uma doença atual, não deixa de ser uma fonte de libertação do adicto, uma mudança de padrões significativa.
E se o marketing do carro usa a liberdade e o ambiente para promovê-lo, por que não o da bicicleta?
Enfim, vale o debate, mas acho que não se pode ser tão duro nas críticas a quem promove a bicicleta de maneira inclusiva, não excludente.
gil caruso 23:36 on 19 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Olá Peters, resgatar a ideia do PROVOS é excelente. Já pensei algumas vezes em fazer isso. Porém, minha crítica vai em outro sentido. Este vínculo entre ser chic e bicicleta (representando liberdade) é que para mim é algo vazio.
Pessoas chics fazem o que é bonito fazer naquele momento. Se antigamente era ter escravos e caminhar sobre os outros, se era ter roupas feitas de animais raros, se era fumar em público, se é a mulher ter que se torturar para parecer uma boneca de plástico, se é andar num automóvel caro, em resumo, ostentar algo futil e ineficiente, então elas vão fazer. A sorte é que hoje é a vez da bicicleta. Mas daqui a 5 anos será o quê? Aí, então, não avançamos nada.
O que me parece positivo nessa história toda é que os filhos da classe média estão tirando do porão a bicicleta que os pais rejeitaram e botando nas ruas. Alguns…
Mais uma vez: se a coordenação do projeto Bicicletas Brancas pensa assim como o Cicle Chic, então é uma pena.
(É muito provável, se não certo, que o título do editorial “A liberdade é branca” seja uma referência forçada à trilogia das cores de Kieslowski. Forçada porque o filme é “A liberdade é azul”.)
luisa 00:01 on 20 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Não vejo problema nenhum em vincular a bicicleta com a idéia de liberdade. Na verdade, para mim parece bem pertinente.
Porém, a garota formatada que aparece no editoral – e que, percebe-se facilmente, é lei segundo a concepção de mulher no cyclechic – não me parece nem de longe ter a ver com liberdade. Aliás, essa mulher artificial, ostentada largamente pelo grupo cyclechic, não é nenhuma novidade (afinal, não passa de uma reprodução escarrada de um padrão de beleza que se arrasta a pelo menos 100 anos) e, no fim das contas, de alternativo e libertador não tem nada – nada além da própria bicicleta.
guilherme 13:40 on 21 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
“pessoas chics fazem o que é bonito fazer naquele momento” vou re-blogar isso.
rose rose 13:50 on 21 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
em curitiba a bicicleta branca foi uma iniciativa do coletivo interlux, inspirado nos holandeses. a primeira branquinha foi apresentada vinculada a uma exposicao , em que o visitante poderia montar na bicha e sair pela cidade visitando pontos de interesse.
em seguida construimos em conjunto com a galeria lúdica uma árvore de bicicletas no natal de 2008 com 30 carcaças de bikes doadas ao plano das bicicletas brancas.
só agora, em 2011 conseguimos verba para consertar os caroços. uma das artistas do MOB encarou o retorno ao projeto das bikes e investiu no trabalho, agora temos 10 bices destas andando sem parar de mao em mao. oferecendo mobilidade com veiculos comunitários.
ainda é uma ensaio, uma tentativa, seria melhor se todos se sentissem pertencidos , livres para agir. se as bicicletas fossem geridas por todos,
mas esperamos que o projeto ganhe pernas e siga…
pois a bicicleta branca existe!
michele micheletto 14:32 on 21 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Olá, como coordenadora do Plano das Bikes Brancas me vejo no dever de replicar a provocação aqui postada. Primeiramente gostaria de colocar que desde Janeiro de 2011 chegamos a marca de 38 pessoas que já andaram com a bike branca, por 1 semana ou +. Fico muito contente ao ver os textos que chegam por email de pessoas solicitando as bikes, contando suas experiências, sentindo as sensações de quem anda de bike.
E Liberdade certamente faz parte desses conjuntos de sensações, assim como o medo do trânsito, a indignação pela falta de educação dos motoristas, e também a falta de infraestruturas para as bikes.
Outro fator que enaltece o projeto é que muitas dessas pessoas que pegaram a bike emprestada, estão adquirindo uma bike para seu uso, seja para lazer, ou para trabalhar.
Esse aumento de novos ciclistas é o que sempre foi vislumbrado por qualquer um dos movimentos e iniciativas de grupos em Curitiba. Seja Cycle Chic, Bicicletada, Rodas Fixas, Pedaleiros, felizmente temos uma diversidade de pessoas que abraçam a causa de andar de bike!
Certamente, o que está em evidência, como a Mobilidade, vira pauta para a mídia, foi assim com o Wonka Zine, e também com diversas matérias realizadas com o Curitiba Cycle Chic.
Achismos a parte, existem muitas pessoas envolvidas em realizar um editorial como o publicado no Wonka Zine, do qual a minha participação foi emprestar a bike + estilosa do projeto, apelidada carinhosamente de Cecília. Como expectadora, gostei bastante do resultado do editorial, com a produção muito bem executada, bem como as fotos e o ideal de se passar a mensagem de liberdade no andar de bike. Seja qual for o seu stylo.
O que leva + pessoas a desejarem andar de bicicleta e somar a gama de ciclistas da capital.
galileo 06:12 on 22 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
mitinha,( modo com que carinhosamente chamo michele micheleto) é o seguinte queridona, parabens pela iniciativa, não liga pra essa merda toda, a iniciativa é linda e a porra da cor da bike não tem nada a ver, e branco realmente passa liberdade e paz, mas se fosse rosa , roxa seria a mesma coisa linda e com uma ideia muito bacana que promove a bicicleta sendo chique ou não, com roupas dá moda e pós modernas ou neo hippie,do rock, do samba, do reggae, não importa, com esse transito da cidade são 12 carros a menos e com certeza com o tempo serão mais, muiuto mais bikes e muito carros a menos, antes de criticar é bom tentar fazer algo, se as pessoas chiques que normalmente andariam de carro estão andando de bike , nem que seja por um pouquinho , sentindo o vento no rosto, a ADRENALINA e o bem que faz andar de bike pro corpo e pra alma, está valendo cada esforço seu em promover algo muito bem vindo, viva os que fazem algo pra fazer a diferença e não ficam parados criticando algo inutil de ser criticado, que não convem……. num é? criticas são bem vindas
Pórém ver mulheres lindas e bem vestidas andando de bike e suando a camisa faz bem aos olhos, pelo menos aos meus,. Ando de bike a muito tempo, saio com ela, vou trampar com ela, passear não importa, é o meu meio de transporte, sei das dificuldades de ser um pedalante ao meio de tantos motoristas, e qualquer que seja o movimento que incentive o uso da bicicleta e coloque mais pedalantes nas ruas sejam eles chiques ou não será sempre bem vindo!!!!
congratulações pela ideia!!! go bikers de todas as tribos, inclusive , feministas de plantão, voces já venceram, nossa presidenta é uma mulher!viva as mulheres lindas com a estética exigida no mercado da moda e com todos os padrões de beleza, ou as que não estão nem aí para isso, todas são lindas, pilotando uma bike então……pedalem feios(as) e bonitos(as), um grande abraço a todos………………………………………………………………………………………………………………………….go bikers!
NAIRA 10:54 on 14 Junho, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
É isto aí Galilleo, se cada um fizer bem a sua parte, vamos alegrar mais nossa cidade! Go………………..bikers
luizo cavet 12:32 on 22 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Quer dizer que é errado usar o marketing pra coisas saudáveis?
divomaia 18:16 on 22 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
bicicleta nao sai da moda desde que foi inventada.
eh um veiculo que nao escolhe, eh escolhida como veiculo…
luisa 11:25 on 23 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Minha intenção aqui era levantar o debate. Fico chateada como as coisas são levadas pelo lado pessoal por algumas pessoas. Acho complicado ficar dizendo que “essas pessoas não fazem nada, só ficam aí criticando” o que é uma ignorância gigantesca (ignorância que, aliás, afasta pessoas do “movimento”, como já aconteceu e ainda acontece).
Repito que o projeto das bicicletas brancas é sim muito interessante e não tenho dúvidas que promove a bicicleta (assim como não tenho dúvidas de que isso não se faz pelas roupas que as pessoas usam em cima dela). O problema é esse esteriótipo de mulher que se repete aqui. Se qualquer mulher, ou melhor, qualquer pessoa é “linda” andando de bike, porque sempre se usa o mesmo padrão de mulher formatada? Mostrar sistematicamente esse modelo de mulher não é de nenhuma forma liberdade.
Vanessa 17:34 on 23 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Também acho contraditório a idéia de associar bicicleta à liberdade dentro de um padrão de beleza (e de consumo). Liberdade é pegar a bicicleta para sair quando eu quiser, para onde eu quiser, e não precisar ficar me vestindo de uma determinada forma, comprar determinadas roupas para ser “fazer bem” aos olhos de alguém. Ainda mais se são roupas e acessórios que restrigem o movimento do corpo. Se o objetivo é mostrar a bicicleta como algo atraente para pessoas diversas, por que não mostrar essa diversidade?
Quando mulheres começaram a andar de bicicleta no fim do século XIX, começaram a discutir o uso roupas mais confortáveis, usar calças e ficar sem espartilho por causa d exercício. Isso é bicicleta para a liberdade! O que se vê no cycle chic é o movimento contrário, usar salto, jóias e maquiagem para andar de bicicleta.
Nich 19:05 on 24 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Estou contigo Michelle! Entendo o lado rabujento dos que criticam a moda, mas mais importante de tudo é FAZER ALGUMA COISA! Independentemente de sua assinatura. Rabujar apenas é fácil!
rose rose 22:32 on 24 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
a moda doma o damo da moda !
rosenbaum_11
a dona da moda {á} modo nada
valverde_11
rose rose 14:43 on 25 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
fazemos moda!
Andrea 23:38 on 25 Abril, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
rabujar apenas é facil,
fazer coisa ruim e não ter visão crítica também
ivonete stern 19:54 on 1 Maio, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
O mais importante deste projeto, é que pessoas que costumeiramente não usam a bike, tem de experimentar a sensação de estar no trânsito, no dia-a-dia. Se elas forem motoristas melhor ainda, só assim elas terão a real noção do que é um ciclista na rua, aliás, bom seria se nas aulas de trânsito os futuros motoristas tivessem a oportunidade de vivenciar.
André Caon Lima 17:37 on 4 Maio, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
É uma pena a má interpretação das críticas.
O Cicle Chic e o projeto (que na minha opinião já são iniciativas louváveis) poderiam evoluir para uma postura verdadeiramente libertária, contemplando a diversidade de forma mais ampla e contundente.
É claro que antes disso o conceito do Chic deveria sofrer uma corajosa revisão.
André Caon Lima 11:11 on 9 Maio, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Enfim, depois de tanta polêmica, furtaram minha bicicleta e estou usando uma das bici brancas.
Izabella 18:08 on 1 Junho, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Pessoal,
Eu e meu namorado, Beto Ghidini, descobrimos as bikes brancas em uma exposição no Solar do Barão e resolvemos aderir ao movimento, mesmo tendo nossas bikes em casa. Reservamos duas e fomos buscar.
Uma terrível surpresa: as bikes brancas são péssimas, desconfortáveis e ainda representam um grande perigo para quem usa. E se acontecer algum acidente causado pelas bikes brancas? Quem se responsabiliza?
Como sugestão de divulgação: a população não conhece o movimento, que é super bacana mas falho na questão do “aparelho”, seria bacana colocar umas bandeiras (dessas que são fixadas na parte de trás da bike) com alguma mensagem do projeto. Acho que aí sim as pessoas iam começar a notá-las pelas ruas.
Abs, Izabella.
bicicletadacuritiba2 12:58 on 2 Junho, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
Valeu Ezias, ótima dica, foi acrescentada à galeria de Links.
Edu 12:15 on 3 Junho, 2011 Permalink | Inicie a sessão para responder
O tal do Cicle chic não pasa de um povo tirando fotos de gente que não anda em bicicletas.